A presença do calvinismo no Brasil remonta ao século XVI. Ministros religiosos, enviados a partir da recomendação do próprio João Calvino, chegaram ao país durante a tentativa de colonização francesa conhecida como França Antártica. No século seguinte, durante a invasão holandesa, uma Igreja Reformada chegou a ser organizada (com vários presbitérios) no Nordeste brasileiro. Por fim, a partir do século XIX, os calvinistas instalaram-se definitivamente no território brasileiro, seja por meio da imigração européia (e estadunidense), seja por meio da atuação missionária.

Atualmente, os calvinistas somam mais de um milhão de fiéis em todo o Brasil (considerando, nesta soma, os membros de todas as denominações de origem calvinista do país).1 Seu impacto pode ser observado não apenas no aspecto puramente religioso, como também no campo educacional, com suas várias escolas e faculdades (como a Faculdade Gammon e a Universidade Mackenzie).

Novo Calvinismo no Brasil

O movimento faz parte do Evangelicalismo, trazendo assim o caráter missional e continuista, sendo assim, mais aberto ao diálogo com outros posicionamentos teológicos, diferente do calvinismo convencional. É uma tentativa de resgate cultural, e é conhecido como um dos movimentos que poderão mudar o mundo na atualidade. Em Março de 2009, a Revista Times classificou-o como uma das "10 idéias que estão mudado o mundo."

Líderes Influentes

Nos Estados Unidos, destacam-se pregadores como John Piper , Mark Driscoll, Albert Mohaler, Matt Chandler,Mark Dever,CJ Mahaney e Joshua Harris. Diferente do calvinismo clássico, não existem a enfase da participação de denominações reformadas ou presbiterianas nos dicursos destes pregadores, mas do envolvimento de uma cosmovisão cristã na cultura e na vida diária. Um reflexo disto é a influência na música e a participação de diversas denominações, e até grupos não denominacionais no movimento.

Novo Calvinismo no Brasil

No Brasil o movimento do Novo Calvinismo não é tão difundido por líderes e pregadores como nos Estados Unidos, mas sim por meio do acesso a internet e a divulgação da literatura reformada. Algo notável é a influência do novo calvinismo na música. Letras declarando princípio com a Depravação total (um dos Cinco pontos do calvinismo) se tornaram conhecidas no meio protestante. A música Suas Digitais, gravada pela cantora Fernanda Brum em 2015, ficou conhecida por ser considerada uma divulgação do calvinismo.

Vários grupos denominacionais estão recebendo influências calvinistas, tais como Batistas, Quadrangulares, Metodistas e até mesmo as Assembleias de Deus.

O Novo calvinismo no Brasil não tem a mesma visibilidade que nos Estados Unidos. Propaga-se principalmente por meio de redes sociais, e não se restringe a uma denominação, mas alcança principalmente jovens de várias igrejas.

Vários grupos de debate e leitura são criados nas redes sociais com o intuito de propagar o movimento. Páginas também são criadas para criticar posturas de diversas igrejas, principalmente do movimento neopentecostal. Por conta do desejo de reforma difundido por diversos pastores no protestantismo nas décadas de 2000 e 2010 o movimento tem sido bem visto e compartilhado por diversos jovens evangélicos.

Como movimento cultural de volta de valores e tradições protestantes, o Novo Calvinismo tem servido como reação ao secularismo e impulso de retorno de princípios e estilo de vida conforme a fé cristã.

Com o crescimento recente das igrejas reformadas e presbiterianas é perceptível, também o crescimento do calvinismo, e isso se dá principalmente por meio de implantações de igrejas por denominações tais como a Igreja Presbiteriana do Brasil.

Embora o calvinismo tenha crescido, o arminianismo tem reaparecido como reação ao movimento. Porém é cada vez maior o número de cristãos protestantes que se identificam com o verdadeiro evangelho anunciado pelos CALVINISTAS.